Revista EngWhere
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ORÇAMENTOS, PLANEJAMENTOS E CANTEIROS DE OBRAS
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Engenharia Civil, Arquitetura
e Montagem Eletromecânica
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Ano 04 . nº 29 . 01/03/2004
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Engenharia Civil, Elétrica e Arquitetura Revista EngWhere
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Nesta Edição
Engenharia Civil: Uma Estrutura Espacial
Marketing Empresarial: Ler e Escrever
As Histórias que Vivi e Ouvi: Um Recado aos Administradores e...
Qualidade Real: "Kanban" e o Círculo de Controle da Qualidade
A Importância do Profissional de Supply Chain Management Ética e Educação: Motivação Meio Ambiente: O Poder dos 'Ings'
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É nas lutas, nos embates, nas disputas internas e externas que o cidadão vai se tornando líder. Vilmar Berna (leia em O Poder dos 'Ings') |
Engenharia Civil . ORÇAMENTO & PLANEJAMENTO DE OBRA |
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Uma Estrutura Espacial
- Quem é bom de leitura e interpretação de desenhos já desconfiou que o projeto acima é o esqueleto, em concreto, de um prédio de 4 andares, com 2 níveis de garagens enterrados, e que a fundação é direta e se apoia 5,00 m abaixo do lençol freático. Terá uma área construída de 6 x 30,00 m x 40,00 m= 7.200 m².
- Os planejadores mais rápidos já garantiram: serão necessárias 7.200 m² x 45 hh/m² = 324.000 horas x homens para construir o prédio.
- Um orçamentista bom de serviço até já estimou o volume de concreto a ser empregado: (lajes+vigas+pilares) + laje do fundo + paredes do subsolo = 7 x 30,00 x 40,00 x 0,23 + 30,00 x 40,00 x 0,25 + 2 x (30,00 + 40,00) x 6,00 x 0,15 = 2.358 m³.
- E também a área da forma a ser aplicada: 2.358 m³ x 12 m²/m³ = 28.296 m² (ou 44.000 horas de carpinteiros e 22.000 horas de seus ajudantes).
- Um comprador rápido já encomendou os pregos: 28.296 m² x 0,2 kg/m² = 5.660 kg, e o desmoldante: 28.296 x 0,1 l/m² = 2.829 l.
- E o Aço CA-50 necessário: 2.358 m³ x 90 kg/m³ = 188.640 kg, além de 188.640 x 0,02 = 3.772 kg de arame recozido (ou 30.000 horas de armadores mais ajudantes).
- Se o concreto fosse rodado na obra seriam necessários: 2.358 m³ x 0,75 m³/m³ = 1.769 m³ de brita, 2.358 m³ x 0,65 m³/m³ = 1.533 m³ de areia grossa, 2.358 m³ x 250 l/m³ = 589.500 litros de água para a fabricação, e outros 589.500 litros para o lançamento e a cura.
- Um Engenheiro de Obra dos bons já imaginou: com 1 único jogo de forma, mais as sobras da garagem, construo todos os andares. Pré-armo no pátio a ferragem das vigas para ganhar tempo. Lanço o concreto do subsolo diretamente das bicas ou com giricas, e até o final da semana defino se o restante será lançado com rampa, com bomba, com guincho, com grua, etc. (O gargalo serão as formas, e se eu contratar meia dúzia de carpinteiros a mais que o calculado entrego a obra antes do prazo, e serei promovido a Engenheiro II).
- Se os 8.000 m³ de escavações fossem executados por 1 peão (como queria o Coordenador) iriam demorar 2.500 dias; se executados com uma retroescavadeira (como queria o Engenheiro) demorariam 40 dias; se fosse utilizado um trator de esteira D8 (como queria o Mestre) seriam necessários 15 dias, mas como serão executadas com uma escavadeira hidráulica (como queria o Peão) demorarão 8 dias.
- O peso da estrutura, como todo mundo sabe, será de 2.358 x 2,5 t/m³ = 5.895 t.
- Os mais detalhistas já calcularam até o volume da água caso um eventual vazamento em uma das paredes inundar o subsolo: 30,00 x 40,00 x 5,00 = 6.000 m³ ou (x 0,042 h/m³ =) 25 dias para uma bombinha de 1,6 CV dar conta do esgotamento.
- Os especialistas, que de tudo entendem, desde empuxos arquimedianos até aeronavegação, já vaticinaram: num corpo imerso em um fluido a força que age para cima tem módulo igual ao peso do volume do fluido deslocado pelo corpo, e cujo ponto de aplicação é o centro de gravidade desse volume, ou seja, a resultante seria de 5.895 - 6.000 = - 105 t, suficientes para, imediatamente após vencer a inércia, fazer o prédio subir como um foguete.
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Ênio Padilha . MARKETING EMPRESARIAL |
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Ler e Escrever
Ênio Padilha Engenheiro, escritor e palestrante. Formado pela UFSC, em 1986, especializou-se em Marketing Empresarial na UFPR, em 1996/97.
Escreve regularmente e seus artigos são publicados, todas as semanas, em diversos jornais do país. eniopadilha@uol.com.br
Se você teve a oportunidade de estudar, viajar, conhecer pessoas inteligentes e isto desenvolveu a sua capacidade de fazer uma leitura mais abrangente do mundo... Se você sabe coisas que os outros não sabem... consegue ver o que os outros ainda não estão enxergando... ...então você tem muitas responsabilidades:
Albert Einstein, que além de excepcional cientista foi também um dos mais brilhantes pensadores do nosso século, deixou-nos um alerta muito importante a respeito da leitura: ele dizia que é inútil uma pessoa atravessar a vida lendo os melhores livros, se não tirar deles elementos para uma "ação no mundo".
Por "ação no mundo" ele queria dizer uma ação positiva, renovadora, revolucionária. O que Einstein fazia era uma convocação para a atividade. Um convite à auto-exposição. Ao trabalho, muitas vezes mal compreendido. À ação, muitas vezes combatida.
Ler bons livros, jornais ou revistas, viajar, conhecer pessoas, estudar... são coisas muito importantes. Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso reconhece isto. O perigo está em admitir que a leitura e o estudo (o conhecimento) é o objetivo em si, quando na verdade é apenas um meio. Depois da leitura (do conhecimento) vem a segunda parte da tarefa, que é a ação no mundo. Sem a segunda parte a primeira perde o sentido.
O que estou querendo dizer é que é necessário escrever a partir dos livros. E escrever tem aí um sentido bastante figurado: significa fazer alguma coisa, defender uma idéia, agir no sistema. Significa contribuir para o progresso. Plantar sementes novas.
As pessoas esclarecidas tem responsabilidades grandiosas diante da sociedade. Se vemos um caminho novo e não "convidamos" a humanidade para avançar por aí, assumimos a responsabilidade pelo atraso. Não devemos nos intimidar diante da ignorância e da mediocridade que imperam no mundo. Não devemos deixar para os outros o trabalho para o qual estamos preparados.
Se Pasteur (o descobridor da vacina) tivesse se acovardado diante da estupidez dos seus contemporâneos (que o consideravam um visionário e tolo) a humanidade teria amargado muitos anos de dor e atraso.
Se Einstein tivesse passado seus dias lendo livros de matemática e física sem nunca ter se exposto (escrevendo suas conclusões e teorias a respeito do que lia) ainda estaríamos acreditando que o espaço e o tempo são grandezas absolutas. Se todos nós cruzarmos os braços diante das coisas que considerarmos erradas, a humanidade ficará exatamente onde está: Atrasada, moralmente subdesenvolvida e dominada pela ignorância e pela maldade.
Leia outros artigos no site do Especialista: http://www.eniopadilha.com.br
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- EMAIL ENVIADO
Prezado Engenheiro Enquanto que na Engenharia Civil estamos penando com livros, abnts, cursos, softwares, cálculos intrincados, estimativas, bolas de cristal e outros materiais, a Engenharia Mecânica, muito soberbamente, zomba do "balanço" - nosso calcanhar-de-aquiles - e constrói a asa de avião com 40m. E o que é pior: põe o avião com asa e tudo para voar.
Descobrimos a causa disto: eles não perdem tempo com orçamentos ou custos. A única composição de preços do setor inteiro (e seria bom se estivéssemos errados) é a que se encontra abaixo. A dita-cuja é utilizada não só para estruturas metálicas como para montagem de motores, de equipamentos, de centrais de concreto, correias transportadoras, silos metálicos e até (talvez) para seus aviões.
Montagem de estruturas metálicas - t
- Montadores - 90 h
- Ajudantes de montagens - 90 h
- Estrutura metálica - 1 t
- Diversos para montagem e limpeza - gl
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As Histórias que Vivi e Ouvi . ESCREVE O LEITOR
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Um Recado aos Administradores e a Quem Interessar
Zairon Larama Jr.
do Maranhão.
O conceito de cidadania envolve naturalmente o direito da maior participação e manifestação possível dos cidadãos, muito particularmente no campo dos chamados serviços sociais em todas suas formas de assistência social. Como os serviços prestados pelos municípios são considerados de primeira necessidade, até mesmo para a sobrevivência da comunidade, em alguns casos ou para que se logre um mínimo de bem-estar, é fundamental, muitas vezes, a participação na prestação daqueles serviços. O Brasil tem hoje segundo o IBGE 5.560 municípios. Desses:
25% tem até 5.000 hab.
48% tem até 20.000 hab
27% tem de 20.000 a mais de 500.000 habitantes
71% não possui nada sobre política do meio ambiente e 94% sobre política urbana (texto pesquisado).
DEPOIS DE UM PASSEIO PELO INTERIOR
Como numa exposição de bens, com cherokees, blazers e mitsubishts que subiam e desciam num vai e vem agitado, arrancando pedras do calçamento, mostravam o que tinham de melhor em matéria de importados, eles com seus carrões (e outros bens), ostentavam o seu poder de compra num contra-senso enorme, que existe nesse Brasil afora ou adentro. Fiquei pasmo com tudo que vi.
Há municípios em que os serviços públicos não são levados a sério. A falta de profissionais da engenharia, e outras áreas de fundamental importância, deixam a população desamparada ou mal servida em setores como saúde, educação, saneamento, habitação e outros. Vejo as cidades como o corpo humano que precisa ser bem cuidado. A beleza interior é importante, mas a exterior chama logo atenção. Como a aparência deixa boa impressão as paisagens urbanas também dizem muito. É comum encontrarmos em cidades do interior a falta de assistência profissional e uma política de planejamento urbano que conduzam e disciplinem o que chamamos de código de postura. Sem isso as cidades vão crescendo de qualquer jeito.
Eis que começam a surgir casas, cortiços, ruas, e bairros, formando aglomerados, deixando-as caóticas e feias, essas então se tornam vulneráveis a doenças, porque da concepção ao nascimento, já vem com problemas. Assim como a medicina preventiva torna o cliente imune e resistente a doenças, deixando-o com uma aparência saudável e bonita, na engenharia preventiva, teríamos também casas, bairros, cidades fortes e bonitas. Assim como na saúde quem pode pagar um plano para ter seus benefícios, na construção, quem pode também faz a diferença. E a maior parte da população que não pode pagar? O mais difícil e caro é depois, com a engenharia curativa, fazerem cirurgias nem sempre bem sucedidas, onde a patologia se tornou crônica. Os poderes públicos municipais poderiam mudar isso, através de parcerias e convênios. Com os conselhos de classe, sindicatos e institutos de apoio à gestão publica. Se todas as prefeituras - falo daquelas a quem a carapuça possa servir - que dizem não terem como pagar um profissional para isso, ou para aquilo, que falta dinheiro, que usa a mídia com propaganda e slogans do tipo, "estamos elevando a melhoria da qualidade de vida da população" "construir é saber administrar", no entanto para festas, e rega-bofes com bandas da moda, para engodar o povão não encontram dificuldades, e nem falta dinheiro. O dinheiro fica como o culpado, o bode expiatório da historia, e não pela irresponsabilidade de alguns administradores que distribuem cargos e setores importantes, a pessoas incompetentes, inabilitadas e porque não falar desonestas, causando prejuízos às comunidades.
Fazendo um aparte. Na saúde, ainda vemos que por menor e mais distante que sejam os municípios, tem, nem que seja periodicamente, profissionais que se deslocam de centros maiores, para atenderem em instalações inadequadas e precárias, àqueles mais necessitados. Sendo assim também não poderia deixar de falar, naquela senhora idosa e solidária que praticando suas multiespecialidades em serviços de obstetrícia, "fazendo partos", à psicologia, "orientando e dando conselhos", é querida por todos. Imaginem se tivesse pelo menos um médico dando assistência integral. Se lá em Pilão Sem Tampa, Cafundó dos Judas e outros bichos de penas, não há dinheiro para tanto pelo menos façam nos moldes de uma assistência técnica temporária. Os benefícios seriam maiores. Elas estão doentes e precisando de assistência, essas executam obras - "se é que podemos chamar aquilo de obras", sem projetos, acompanhamento técnico e normas. Com isso, os resultados são coisas absurdas, pois é mais fácil pegar aquele amigo ou o partidário que não foi eleito e colocar no comando das obras, e esse com o objetivo de se reeleger nas próximas eleições, coloca, os seus, nas funções de pedreiros, serventes e encarregados, às vezes deixando, desempregado operários de verdade em serviços de: · Pavimentação com pedra canga, que está mais para pedra quenga, que na primeira chuva levou nossas contribuições por água abaixo, fazendo mais para o assoreamento do que há pouco tempo, foi um córrego com águas limpas e cristalinas;
· Em quadras de esportes, que servem também para bailes e festividades, onde na primeira festa em comemoração ao aniversário da cidade já apareceu o contra-piso devido ao desgaste provocado pelo rastapé. É fácil saber o porque: fora usado àquele traço de 1:1 (um saco de cimento e uma carrada de areia); · Naquele traçado da praça onde o quiosque ficou de frente para o poente fazendo com que a cerveja esquente mais rápido;
· Num paisagismo desordenado e ridículo com "fícus" que virou moda (numa região onde há tantas espécies nativas) foram plantados de qualquer jeito. E esses como se unissem e revoltados estão levantando as calçadas e invadindo as casas com suas raízes; · Naquela calçada estreita chamada de pista para Cooper que é usada também como ciclovia construída de forma inadequada, onde as madames entusiasmadas em perder um pouco das gorduras, os velhinhos tentando desenferrujar, e as mocinhas querendo preservar suas formas físicas, ao fazerem suas caminhadas, correm o risco de caírem, ou serem atropeladas. Está recalcando tudo. Fizeram o cimentado diretamente sobre o aterro e no traço acima descrito;
· Naquela estrada de acesso ao balneário não fizeram bueiros "as águas confinadas dizem, eu preciso de uma passagem aqui", mais fizeram uma curva com ± 145° em descida, coincidindo com uma pequena pinguela; está lá provocando acidentes, pois transitando com cuidado é perigoso, imaginem em finais de semanas, onde irresponsáveis com o nível alcoólico alto, passam como se estivessem em pista de Fórmula 1; · Naquele local, bem na entrada da cidade, preparado para ser um aterro sanitário, chamado hoje com muita ironia de buracão cheiroso, apresenta aos visitantes seus urubus, cães famintos e pessoas miseráveis disputando espaços à busca de ...
· Por não terem nada que fale a respeito de meio ambiente, onde Deus foi muito generoso em criar local de belezas impressionantes, e que todos, principalmente os ambientalistas, corram em socorro ou pelo menos conheça o mais rápido antes que desapareça; · Antes que me esqueça tem uma coisa de primeira que merece comentário: as placas de inauguração em bronze, com letras em alto relevo, e dizeres que não deixam duvidas. Tão lustradas que parecem ouro.
Como vemos acima, às vezes não é a falta de dinheiro e recursos públicos, mais sim a maneira como são administrados e aplicados é que acaba sendo o problema. Por conscientização é difícil, por força de lei talvez melhorasse tudo isso, se todos os municípios - falo dos que estão entre os 73% até 20000 habitantes, ou seja, 4058 - que se sentirem atingidos e outros mais, se fossem obrigados a ter no mínimo um profissional e ou profissionais da área de engenharia, acompanhando suas obras e serviços. Se houvesse um serviço de assistência prestado pelas prefeituras, com a parceria dos conselhos e entidades de um, vamos dizer, Centro de Informação e Assistência para a Melhoria Urbana (CEIAMEOR), a coisa mudaria e ainda melhoraria a receita. Um exemplo: Um cidadão chega e fala. - Eu tô querendo melhorar a frente da minha casa;
E o médico da engenharia preventiva. - O Sr°. já tem banheiro?
- Não senhor.
- Então antes de melhorar a fachada, precisamos fazer o banheiro, faremos uma visita a sua residência. Por favor passe àquela moça o seus dados e endereço; No dia da visita, o eng°. preventivo e sua equipe, vão já na certeza de tomar um bom café com cuscuz caseiro, faz seu levantamento e diz:
- Passe dia tal para apanhar sua receita.
E os vizinhos após a sua saída se aproximam curiosos, e perguntam:
- São os fiscais da prefeitura? - Não. Eles estão fazendo um serviço de graça para melhorar as casas.
Depois com poucos traços e algumas pautas, o receituário do cidadão estará pronto.
O paciente "cidadão" chega recebe o receituário, olha e exclama todo satisfeito. - Mais ficou bonito! Obrigado doutor.
- Não há de que, isso é nossa obrigação. Você agora só precisa passar no setor de tributos e regularizar seu IPTU. E não esqueça, quando começar os serviços nos avise para podermos acompanhar. |
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E-mails Recebidos |
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Pendenga
Caro Amado Gabriel da Silva
Meus parabéns pela vitória na primeira batalha. Espero sinceramente que eles desistam sendo assim a sua vitória completa. Um grande abraço.
LCN
Próximo Número
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01/04/04
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. Engenharia Civil
. Qualidade Real
. Supply Chain Management . Ética e Educação
. Meio Ambiente
. Marketing Empresarial
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Luís Renato Vieira . QUALIDADE REAL
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"Kanban" e o Círculo de Controle da Qualidade
Luís Renato Vieira
Diretor da empresa Qualidadereal Cons. e Assessoria S/C Ltda.
Empresa especializada em implantação de sistemas da qualidade e gestão ambiental. qualidadereal@ig.com.br
O conceito de qualidade foi uma das principais razões para mudança sofrida pelo Japão a partir da década de 50. Os japoneses eram conhecidos por fabricar produtos de pouca tecnologia e muita imitação, porém com a importação de alta tecnologia (via produtos diversos) e esforços constantes em aprimoramento, eles conseguiram atingir os mesmos níveis dos paises desenvolvidos. O CCQ consiste num pequeno grupo de colaboradores (entre 6 a 12) atuando numa mesma área que se reúne regularmente de forma voluntária, para identificar e avaliar problemas operacionais das suas atividades e nível de decisão.
Este método de identificação e avaliação de problemas permite a utilização da experiência e a criatividade dos componentes do grupo de CCQ.
Programas bem implantados de CCQ permite que os operadores paralisem a produção assim que detectar um defeito, isto é, ele tem esta autoridade. Os grupos de CCQ devem patrocinar a oportunidade do operador inspecionar seu próprio trabalho, concientizando-os que qualidade é responsabilidade de quem produz.
O CCQ deve procurar implantar a produção isenta de falha (conceito de qualidade total) e medir o índice em PPM - Partes por milhão.
O que vimos acima se refere ao setor industrial, adaptando aos mais diferentes segmentos, podemos cria um grupo de CCQ para gerar informações corretas.
Este assunto terá continuidade nas próximas matérias desta coluna. Comentaremos sobre TRF - Troca rápida de ferramentas. Aguardem.
Leia outros artigos sobre Qualidade no site do Especialista: http://www.milenio.com.br/qualidadereal
Fone/Fax.: (41) 336-0921
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Paulo Sertek . ÉTICA E EDUCAÇÃO
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Motivação
Engº Paulo Sertek Mestre em Tecnologia e Desenvolvimento
Engenheiro Mecânico e Professor de Cursos de Pós-Graduação em Ética nas Organizações e Liderança Pesquisador em Gestão de Mudanças e Comportamento Ético nas Organizações
Assessor empresarial para desenvolvimento organizacional
psertek@xmail.com.br
Hoje em dia, grande parte das pessoas busca um sentido para a sua existência. A busca deste sentido é o fundamento que leva à alegria de viver. Não é para menos que "motivação" é a palavra mais consultada do portal. De acordo com FRANKL: "Toda pessoa humana representa algo de único e cada uma das situações da sua vida algo que não se repete. Cada missão concreta de um homem (ou mulher) depende relativamente deste 'caráter de algo-único', desta irrepetibilidade" . Todos nós necessitamos de um encaixe vital, um algo pelo que lutar, algo de valor ou de significado pelo qual valha a pena lutar.
Em geral as pessoas buscam o sentido simplesmente em experiências prazerosas mas fugazes. Não é suficiente a busca de um bem que não contemple o todo da pessoa, É necessário um sentido profundo para a própria existência. Algo que satisfaça a sede de grandeza que encerra em cada ser humano. Viktor Frankl no seu livro Psicoterapia e Sentido da Vida resume uma experiência para aqueles que não conseguem enxergar que a satisfação sensível não pode ser o determinante na definição da conduta:
"Se alguém há a quem a própria vida não tenha suficientemente convencido de que não se vive para 'gozar a vida', consulte a estatística de um psicólogo experimental russo que, certa vez, mostrou como o homem normal experimenta, em média, nos seus dias, incomparavelmente mais sensações de desprazer que de prazer" . Também FRANKL ensina que os valores podem ser categorizados em três tipos: um enquanto a pessoa faz ou age neste mundo e cria algo, são os valores que ele chama de valores criadores. Os valores criadores encerram a contribuição do indivíduo no conjunto, como é que faz uma diferença positiva. Outro campo de valores refere-se à qualidade de vivências da pessoa no seu dia. Como se relaciona com os outros, como ama as coisas e as pessoas. Esses valores são os que se desfrutam com a beleza das coisas da vida e o bem que se pode fazer. Frankl denomina esses de valores vivenciais. Há um outro grupo de valores que se dá quando se padece alguma contrariedade ou sofrimento, vem a ser a atitude da pessoa, com suas virtudes, diante da dor e do sacrifício que comporta qualquer situação em que os valores chamam para uma responsabilidade maior, esses são os valores de atitude. Cada pessoa com seu modo de ser pode e deve contribuir ao bem do conjunto, dentro da sua família, com seus amigos, na sociedade onde mora, etc. "Enquanto os valores criadores ou a sua realização ocupam o primeiro plano da missão da vida, a esfera da sua consumação concreta costuma coincidir com o trabalho profissional. Em particular, o trabalho pode representar o campo em que o 'caráter de algo único' do indivíduo se relaciona com a comunidade, recebendo o seu sentido e o seu valor. [...] Quer dizer: aquele caráter insubstituível da vida humana, aquela impossibilidade de o homem ser representado por outrem no que só ele pode e deve fazer, o seu caráter de algo único e irrepetível, a que nos temos referido, sempre depende do homem: não do que ele faz, mas de quem o faz e do modo como o faz" . Motivação vem da raiz latina "movere": mover-se, que se dá através de motivos, isto é razões para agir. Todo motivo é de fato um valor interiorizado. A qualidade dos motivos que levam as pessoas a se moverem é o que representa o aspecto chave do seu desenvolvimento motivacional. Uma pessoa madura norteia-se por um corpo de motivos de qualidade, que dão riqueza à sua existência. O relato a seguir pode ajudar a pensar no que é capaz de fazer uma pessoa que apóia a sua conduta em motivos de qualidade: Uma impressionante história de luta e superação, devida às letras de Antoine de Saint Exupéry, citado por J.Urteaga - M. Aguado.
O homem que caminha, ou melhor, que se arrasta sobre a neve é um aviador. Nos encontramos nos Andes. Faz muitas horas que seu avião foi sacudido por um vento; então, os cintos lhe feriam os ombros, foi arrastado dos 6.000 aos 3500 metros, a esta altura foi quando avistou uma massa horizontal que lhe permitiu endireitar o avião. Era um reservatório que logo reconheceu: a "Lagoa Diamante". Esvaziou o combustível para evitar um incêndio ao aterrizar e capotou. Ao sair do avião, a tempestade o derrubou. Teve que fazer um refugio na neve e esperar ali dois dias para que se aplacasse a tempestade. Depois caminhou durante cinco dias. Um homem sobre a neve. Cai, levanta-se, torna a cair e torna a levantar-se. Leva dois dias e duas noites lutando contra o frio, contra seu coração, contra o sono. Nosso homem o deseja vivamente. Esta era sua luta:
Se minha mulher, meus filhos e meus amigos crêem que vivo, crêem que caminho. Todos têm confiança em mim, eu sou um canalha se não caminho.
Caso parasse naquela encosta não o encontrariam jamais; ao chegar o verão, seu cadáver rodaria com o barro por um daqueles milhares de abismos dos Andes. Pensava nos seus filhos e na sua mulher. Sua apólice de seguro evitar-lhes-ia ficar na miséria. Mas, no caso de desaparecimento, se não encontrassem seu cadáver, não poderiam cobrá-la, porque a morte legal é diferida por alguns anos. Por isso tinham que encontrar-lhe -vivo ou morto-, mas logo. Diante do nosso protagonista apresenta-se uma grande rocha. Tem que esforçar-se para alcança-la; se conseguisse, encostaria seu corpo na pedra e ao chegar o verão encontrar-lhe iam. Arrastou-se com esse desejo por mais três dias.
Ao reiniciar suas pequenas marchas, dá-se conta de ter perdido algo de cada vez; primeiro uma luva; depois o relógio e mais tarde a bússola. Em cada etapa empobrecia-se. Falava em voz alta:
O que salva, sempre é dar um passo mais. Outro passo mais.
Teve muitas horas para recordar enquanto andava. Tudo era confuso: sua casa, sua mulher, seus filhos... todos buscavam-lhe. Devia continuar caminhando. Parar significaria morrer. Caminhar, pensando nos seus era uma esperança. Se crêem que vivo, crêem que caminho. Eles estão me buscando e têm confiança em mim, eu sou um canalha se não caminho.
Agora, mais que caminhar arrasta-se.
O seu coração não anda bem. Bate caprichosamente. Pede esforços a seu coração: Tem que caminhar até a rocha. Sente-se orgulhoso do seu coração. Mas...agora nem o coração responde-lhe. Verdadeiramente já não pode mais. Caído definitivamente sobre a neve; invade-lhe o sono, o sono doce do frio... Pouco depois o encontrariam ainda vivo.
Este foi o comentário que, ao terminar seu relato, fez nosso protagonista: "O que eu fiz, nenhum animal teria feito".
Noventa por cento dos nossos fracassos ocorrem por falta de tenacidade. Todo o segredo dos grandes corações está nesta palavra: tenacidade.
Referências:
FRANKL, Viktor - Psicoterapia e Sentido da Vida, 3. ed, São Paulo - SP, Quadrante, 1989, p. 70
Quadrante: www.quadrante.com.br
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tel. (41) 233-5676
CETEC -Consultoria http://www.ief.org.br
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Cristiano Cecatto . LOGÍSTICA, GESTÃO E SUPPLY CHAIN MANAGEMENT |
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A Importância do Profissional de Supply Chain Management Engº Cristiano Cecatto Gerente Executivo e Consultor especialista em logística Inbound/Outbound da Qualilog.
2º Colocado do Prêmio A.B.M.L. - Associação Brasileira de Movimentação e Logística / 2002,
na categoria Movimentação e Armazenagem / Case - Roche cecatto@qualilog.com
Uma economia incerta como a que controla o mundo atualmente demanda retornos maiores nos investimentos de qualquer empresa. Com a definição dos orçamentos, as pressões aumentam cada vez mais, fazendo do sucesso do supply chain algo mais desejado do que nunca. Dos executivos de supply chain de hoje em dia se espera não apenas um controle mais eficaz da sua área de atuação como também a capacidade de proporcionar rapidamente resultados significativos que beneficiem a organização como um todo. Por esta razão, os executivos de supply chain não são mais deixados para segundo plano nas companhias. Agora eles estão à frente e no centro da estratégia das corporações e o impacto do seu trabalho é visível imediatamente tanto para os clientes, como para os colaboradores, fornecedores e acionistas. De acordo com estudos realizados por consultorias no exterior, entre as companhias que tiveram problemas com supply chain a maioria sofreu, em média, uma queda de 9 a 20% nos preços de seus produtos. Com tais desafios em suas mãos, os executivos de supply chain precisam ser incansáveis na busca pelo conhecimento que pode guiar suas atividades e, obviamente, sua empresa aos resultados esperados. Eles têm que trabalhar com agilidade, devem olhar suas próprias operações tão bem quanto aquelas de fora de suas companhias para conseguir a inovação, conseguir um diferencial positivo. Deste modo, estarão trabalhando sempre com as melhores práticas e tecnologias. Em alguns casos, isto pode significar olhar não somente para o que fazem os concorrentes mas, também, para negócios de indústrias inteiramente diferentes do seu ramo. Esta busca é necessária porque a maioria das empresas já têm extraído bons resultados dos esforços tradicionais do supply chain. Então, aprender mais e sempre, mesmo que seja com as experiências de terceiros, é algo fundamental. Investir na melhor iniciativa é ainda um passo complicado para muitos executivos de supply chain. Para ajudar-lhes em seus esforços, atualmente alguns executivos com mais visão vêm propondo uma aproximação sistemática para identificar e dar prioridade, às iniciativas de medição baseadas no valor que entregam à empresa e aos acionistas.
A gerência de supply chain representa uma das áreas mais desafiadoras e oferece um potencial vasto para melhorar a competitividade e a rentabilidade. Entretanto, a maioria das companhias têm feito melhorias consideráveis em suas operações de supply chain. Conseqüentemente, uma aproximação mais rigorosa é requerida agora para conseguir o tipo de transformação necessária para dar um impacto significativo no negócio. As tecnologias de supply chain entregam benefícios consideráveis de custo e desempenho.
Entretanto, a distribuição destas tecnologias freqüentemente foi isolada e desconectada das iniciativas maiores da diretoria e do negócio da empresa. Esta ação fragmentada resulta na perda de economias e resultados.
Ou seja, as decisões sobre investimentos não devem ser feitos para objetivos isolados. Ao invés disso, os executivos de supply chain precisam focar investimentos que resultarão no impacto maior para o seu negócio e fornecedores. Mas, ao realizar isso, se torna inevitável enfrentar desafios como, por exemplo: economia de custo sem sacrificar níveis de serviço operacional, desempenho ou o cliente; compreender o impacto de consolidações, racionalização e globalização sempre com foco no desempenho e custo. Estes desafios são grandes, mas as oportunidades geradas são ainda maiores. Quem trabalha com supply chain sabe que as empresas estão pressionando cada vez mais para que o seu trabalho tenha resultados na rápida eficiência das operações, além da demanda pelo fortalecimento da competitividade. Atualmente, com a crescente pressão do mercado global altamente competitivo, é de vital importância a busca permanente de fontes de competitividade que causem impacto positivo na participação de mercado, nas margens e no valor econômico das empresas. Leia outros textos sobre Logística, Gestão e Supply Chain no site do Especialista
tel. + 55 (11) 3772-3194 / + 55 (11) 3815-6840
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Vilmar Berna . MEIO AMBIENTE
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O Poder dos 'Ings'
Jornalista Vilmar Berna Ambientalista de renome internacional e único brasileiro homenageado pela ONU com o Prêmio Global 500 Para o Meio Ambiente, no ano de 1999.
Fundador do Jornal do Meio Ambiente. http://www.jornaldomeioambiente.com.br
As ONGs (Organizações Não-Governamentais) ambientalistas, enquanto espaço de participação e atuação direta da cidadania, têm despertado a atenção dos pesquisadores e cientistas sociais. Alguns autores, por saberem que a ciência não é neutra, fazem um trabalho investigativo cuidadoso, sem pressa de resultados rápidos, com visitas a campo, entrevistas com ambientalistas das diversas tendências e ideologias, etc., a fim de alcançar um resultado o mais próximo da realidade. Infelizmente, estão em minoria. O que temos visto com mais freqüência são autores que, de dentro da academia, e longe da militância, propõem-se a falar de uma realidade que não conhecem direito. A criação do termo 'ING' (indivíduo não-governamental) é um desses exemplos. É usado pejorativamente para depreciar os cidadãos que mais se destacam dentro das lutas de sua entidade. Trata-se, na melhor das hipóteses, de um desconhecimento grosseiro da lógica pelas quais se criam e se mantêm as ONGs. Mas também pode esconder outras intenções, menos ingênuas, como fazer o jogo dos poderosos, dos poluidores, que têm seus interesses contrariados pela persistência de uns poucos "ings", que não arredam pé da luta, mesmo quando o movimento entra em refluxo. O movimento ambientalista nunca foi uma organização de massa. Apesar dos nomes pomposos, como Institutos, Fundações, Redes, etc. As ONGs se sustentam mesmo é no trabalho de um ou outro membro mais consciente de seu papel de cidadão e que acaba se destacando e recebendo o reconhecimento da sociedade, pela persistência com a qual enfrenta os problemas ambientais, pela capacidade de superar problemas e inventar soluções. Claro que existem líderes ambientalistas individualistas, que não sabem delegar muito menos trabalhar em equipe, nunca convocam reuniões dos associados e sempre decidem tudo sozinhos. Mas a democracia é um processo e ninguém nasce sabendo ser democrático. É nas lutas, nos embates, nas disputas internas e externas que o cidadão vai se tornando líder. Isso cria divisões internas dentro das entidades e acaba gerando novas ONGs. É um processo doloroso de crescimento, pois é meio antropofágico, mas que tem sido o principal responsável pela multiplicação de novas ONGs. Longe de serem motivos de chacotas ou conceitos depreciativos, os chamados 'ings' são na verdade cidadãos persistentes e conscientes, capazes de se manter numa luta pelo direito difuso de toda a sociedade, mesmo quando a própria sociedade não se dispõe a participar.
O movimento popular é cíclico, com períodos de maior ou menor mobilização, por tratar-se de um trabalho voluntário. Não é qualquer cidadão, por mais consciente que seja, que pode dispor-se ao trabalho voluntário. E é em momentos assim que os 'ings' se destacam, pois não deixam a luta ambientalista morrer, continuam incomodando, exigindo o cumprimento das leis, denunciando as agressões. Graças a eles, muita agressão ambiental tem sido evitada.
Extrato do livro O Cidadão de Sandálias do Autor
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