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ORÇAMENTOS, PLANEJAMENTOS
E CANTEIROS DE OBRAS
Premoldados. Elemento vazado. Construções.
Ano 03 . nº 23. 01/09/2003
 Nesta Edição

Inédito! Novo Dicionário da Construcao Civil
Marketing Empresarial:  Rolha de Poço!!!
Qualidade Real:  Realizar Diagnósticos, Uma Opção Inteligente de Gerenciamento
Ética e Educação:  Rotina, Automatismo e Cópia
Meio Ambiente:  Será tarde demais?

  A Revista EngWhere apresenta ...

Novo Dicionário da Construção Civil

dicionario das construções
Diccionario, no eres
tumba, sepulcro, féretro
túmulo, mausoleo,
sino preservacion,
fuego escondido,
plantación de rubies
perpetuidad viviente
de la esencia,
granero del idioma.
PABLO NERUDA, "Oda al Diccionario"

Broxa - Em Portugal é o pincel grande, de pêlos ordinários, empregado em caiação e noutros tipos de pintura pouco apurada. No Brasil a broxa foi desmoralizada.

Barrote - Do francês barrot - Viga de madeira utilizada em construções de fino acabamento. Pontalete (SP) e perna-manca (Norte).

Cachimbo - O oficial que é incumbido de chefiar, ou cachimbar, uma pequena turma de ajudantes ou de outros oficiais, sem o status e o salário do Encarregado ou do Feitor. O artefato é muito útil tanto para Gato, que gosta de gastar pouco, como para o funcionário, que gosta de sonhar muito.
Dicionário Construção
Carpintopedreiro - O carpinteiro que acumula as funções de pedreiro. Pode também ser chamado de pedrocarpinteiro que não prejudica o entendimento.

Civil - Cortês, polido: "Andei com eles [os tropeiros] freqüentemente e achei-os sempre comunicativos e civis." (Afonso Arinos, Histórias e Paisagens).

Construções - Nome que os leigos dão aos serviços. Engenheiro tem que falar é obra! Como é que é? Está obra sai ou não sai?

Cornograma - Gráfico cheio de pontinhas, ou cornos, que esquematiza a execução de um trabalho. É utilizado para melhorar o andamento da obra e surte o mesmo efeito que o ferrão para fazer os bois andarem mais rápido.

Desgastado - Engenheiro orelha-seca com mais de 15 anos no ramo.

Desorganização - Nome mais apropriado destas chamadas "Organizações" existentes por aí.

Elemento vazado - Como o próprio nome diz quer dizer elemento vazado, entretanto - e como o muito óbvio não é coisa de gente normal - a expressão deve ser preterida, até que se arranje outra, pelo sonoroso cobogó.

Engenheiro de obras feitas - Pessoa que se mete a opinar a respeito de tudo quando sua opinião não é ou já não é necessária. Coordenador de obra.

Estraguiário - O estudante que resolve mostrar serviço dentro das empresas.

Fiêti - Marca de equipamentos concorrente da Caterpila.

Gambiarra - Foram inventadas pelos engenheiros eletricistas com aquele rosário de lâmpadas para iluminar provisoriamente um local e, por extensão e com muito sucesso, passou a rotular tudo o que é feito às pressas ou sem caráter definitivo, como a Transamazônica.

Gata Safada - Empreiteira da Construção Civil. Construtora.

Gatinha - Subempreiteira da Gata e sem o status desta. Gato.

Jump - Matéria da Ética Profissional - Dar ordens ou instruções a indivíduo com cargo diferente do imediatamente inferior na escala hierárquica. Receber estas ordens; passar informações a outrem e omití-las do superior imediato. Atravessar o orgasmograma. Acreditam alguns que excessões poderiam ser abertas com os chefes de consumada chatice, omitindo-lhes informações, mas não: as excessões se tornariam regra geral.

Massa - Como todo mundo sabe é a forma reduzida de argamassa. Taponaram os barbacãs com massa e o muro de arrimo ruiu.

Massa gorda - Diferentemente do que se imagina é a argamassa rica em cimento: O matacão entalou na massa gorda.

Obras-de-arte corrente - São os bueiros, pontilhões, etc., ao longo da rodovia. Tendo muito pouco de obra, nada de arte e nem de corrente, o termo serve para diferenciar das obras-de-arte especiais, que são as pontes, os viadutos e os túneis da rodovia.

Orelha-seca - Todos os que trabalham ou trabalharam em obra. Peão.

Orgasmograma - Representação gráfica que indica as inter-relações de chefia dentro da empresa, ou seja, quem está por cima de quem. Quanto mais alto estiver posicionado o indivíduo maior será o salário, e menos costuma trabalhar.

Parede cega - É, apenas, uma parede que não tem portas, janelas ou outra abertura. Parede.

Pé direito
Segundo o Aurélio é o pilar ou muro sobre o qual assenta um arco, uma abóbada, ou uma armação de madeira ou de cantaria: "os pés-direitos, transformados em colunas agrupadas, atiravam-se para o alto a sustentar o peso formidável das arcadas em místico trifólio." (Inglês de Sousa...). Já trifólio, também pelo Aurélio: 4.Geom. Anal. Podária da tricúspide em relação a um ponto do seu eixo de simetria, entre o vértice e a cúspide. Enquanto cúspide é: 7. Geom. Numa curva, ponto duplo em que as duas tangentes são coincidentes; ponto duplo em que o hessiano é nulo.

Hessiano, como todo mundo sabe, é: 1. Determinante funcional que envolve as derivadas segundas de uma função de diversas variáveis. Ora! Determinante, derivadas segundas, função e variáveis são termos colegiais que não valem a perda do tempo.
Cuidado, portanto, ao procurar o significado destes verbetes em outros dicionários. Só o Novo Dicionário é desenrolado.


Pegão
- Lusitanismo - Encontro (nas cabeceiras das pontes): "Se de fato reassentou praça [Camões] àquela altura, os três anos de serviço, sob o ponto de vista cronológico, ajustam-se como pegões duma ponte ligando margem a margem na sua vida." (Aquilino Ribeiro, Luís de Camões).

Pré-formado - Segundo Platão é o bolo que vai para o forno moldado com as próprias mãos sem necessitar de forma e não tem, pois, nada a ver com Engenharia.

Traquitana - Coisa, pessoa ou invenção desengonçada. Palavra de ampla significação utilizada para rotular o que se acha a meio caminho entre o trem bão e o trem ruim, sem ser nenhum destes. Forma elegante de troço (ó).

Trincar o capacete - Quebrar a cabeça, amalucar, embirutar: Com esta o estraguiário vai trincar o capacete do Chefe.

construcaocivil

Ênio Padilha .MARKETING EMPRESARIAL   

engenharia_civil Rolha de Poço!!!

Ênio Padilha
Engenheiro, escritor e palestrante.
Formado pela UFSC, em 1986, especializou-se em Marketing Empresarial na UFPR, em 1996/97.
Escreve regularmente e seus artigos são publicados, todas as semanas, em diversos jornais do país.
eniopadilha@uol.com.br

Acho que já escrevi, em outro artigo, que eu era da equipe de atletismo de Florianópolis, lá pela primeira metade da década de 1980, corria os 800 metros (1min54s21) e os 1500 metros (3min58s02). O atletismo foi, durante dez anos, minha grande paixão.

Em 1984, havia uma jovem atleta gordinha que insistia em ser corredora. Ela era uma garota bacana, esforçada e teimosa, mas, francamente, não dava para a coisa. Era baixinha, desengonçada, lerda e (talvez a coisa mais grave) muito gorda. Tanto que os mais maldosos a chamavam pelo maledicente apelido de "Rolha de Poço". Eu, particularmente, que era um "entendido" e raramente errava um diagnóstico ou prognóstico, não tinha nenhuma dúvida: a baixinha não tinha nenhum futuro. E, verdade seja dita, todos (treinadores, professores, atletas experientes...) concordavam comigo, sem pestanejar. A baixinha não levava jeito pra corrida. Cedo ou tarde iria desistir.

Vou encurtar a conversa: no sábado, dia 9 de agosto de 2003, a baixinha ganhou a medalha de ouro na maratona dos Jogos Pan Americanos de Santo Domingo, com a brilhante marca de 2h39min53s.

Sim, senhores. Estamos falando de Márcia Narloch. A catarinense que escreveu seu nome no atletismo do Brasil. Nos últimos quinze anos correu e venceu maratonas no mundo inteiro. Participou de dois jogos Olímpicos (e já está classificada para Atenas em 2004), enquanto nós (os que não acreditamos, em nenhum momento, no seu sucesso) somos ilustres e medíocres desconhecidos.

Como ela conseguiu isso tudo ? Fé em si mesma, resistência ao desprezo alheio, disciplina, determinação... e todas as outras virtudes que você puder lembrar.

Nesses últimos dez anos, de vez em quando encontro com amigos, ex-atletas, que presenciaram os primeiros anos de treinamento de Márcia Narloch. É sempre uma cena patética. Nenhum de nós consegue entender direito como é que "aquilo" conseguiu se transformar "nisso".

Mas os que conhecem Márcia mais de perto sabem que ela enfrentou seus dragões com a obstinação dos predestinados e lutou mais (muito mais) que qualquer atleta.

Quando comecei a escrever este artigo, meu objetivo era o de registrar o reconhecimento do meu erro de avaliação em relação à Márcia (um pedido formal de desculpas).

Mas agora vou adiante: conheci muitos atletas olímpicos que nasceram com dons especiais e características naturais para se tornarem grandes campeões. Reverenciamos a esses grandes atletas, mas não podemos deixar de considerar que, nos seus grandes resultados, tem muita coisa que eles já receberam de Deus. Seus corpos já nasceram diamantes. Só precisavam ser lapidados.

Márcia Narloch não nasceu com um diamante. Nasceu com uma pedra ordinária, que ninguém dava nenhum valor. Ela teve de descobrir o valor da pedra e, pela alquimia de muito treinamento e uma determinação inacreditável, transformá-la neste diamante que todos conhecemos agora.

Parabéns, Márcia Narloch, pelas suas medalhas e pelas suas conquistas.

Desculpe a todos nós por não percebermos o valor, que não estava nas suas pernas e sim na sua cabeça e no seu coração.

E muito obrigado por mostrar a todos nós o verdadeiro espírito dos grandes atletas.

Leia outros artigos no site do Especialista: http://www.eniopadilha.com.br>

Coluna do Pimpão   
 creamg

DESENHANDO ORGANOGRAMAS
Para dominar uma Matéria é fundamental conhecer suas mais remotas origens. Assim, para entender de organogramas e saber como desenhá-los, o mais rudimentar deles deverá ser ponderado: o do Cacique e seu relacionamento com o resto da tribo, seus comandados. A função de Feiticeiro poderá ser pensada mais para frente que é lição complicada.
Regra básica: não é permitido que uma função fique sob o comando direto de outras duas pois Ninguém pode servir a dois senhores. (Jesus Cristo)

creasp

Alertamos aos demandantes e processadores de plantão que o termo Revista tem aqui o sentido de chanchada.

  Emails Recebidos
Agenda, Memos & CI's   

RETRATAÇÃO
Não conheço os detalhes da "PENDENGA" entre a EngWhere e a Cetenco, mas tenho que admitir que essa "retratação" está ótima! Tem valor literário, sim, senhor.
Espero que tudo acabe bem, para o bem da Engenharia, que não pode e não deve abrir mão da valiosa contribuição da EngWhere...
Um abraço
  Ênio Padilha

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Próximo Número
01/10/03
. Construções
. Marketing Empresarial
. Qualidade Real
. Ética e Educação
. Premoldados e o elemento vazado

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Coluna do Borduna  

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O EXPURGO DOS NÓS CEGOS
Estando um dos patriarcas às vésperas de guerrear com um inimigo muitas vezes superior em número de homens, e em desesperadas preces pelas colinas de Jericó, ouviu, vindo do alto, o Conselho Salvador:
De manhã ao beberem da fonte, separe aqueles que despreocupadamente emborcam toda a face dentro da água para se saciar, dos que, precavidos, colhem a água com uma da mãos, enquanto seus olhos vigiam atentos se há inimigos nas redondezas, e cerque-se somente destes se quiser vencer a batalha!
Está certo que naquele tempo não existia tanto desemprego e era mais fácil dispensar os não produtivos, mas a passagem é definitiva: os Nós Cegos sempre atrapalharam.

Luís Renato Vieira . QUALIDADE REAL   
engenharia_civil  Realizar Diagnósticos, Uma Opção Inteligente de Gerenciamento

Luís Renato Vieira
Diretor da empresa Qualidadereal Cons. e Assessoria S/C Ltda.
Empresa especializada em implantação de sistemas da qualidade e gestão ambiental.
qualidadereal@ig.com.br


S
aber onde estamos e onde queremos chegar com nossa empresa é desejo de todos os empresários e gerentes de uma maneira geral.
E isto é possível saber realizando um diagnóstico da empresa.
Pretendemos com este texto, dar algumas orientações para se organizar um diagnóstico gerencial.
A condução e a organização do diagnóstico gerencial deve ser centrado no ciclo do planejamento, execução, verificação e ações necessárias para melhoria continua, este ciclo vocês devem conhece-lo como ciclo do PDCA (Plan, Do, Check, Action). Propomos usar o ciclo de melhoria contínua, pois entendemos que desta forma, a organização cria uma condição especial, a de realizar periodicamente um diagnóstico gerencial.
A Alta Administração da organização deve escolher uma equipe com um coordenador para este processo, geralmente, empresas de pequeno porte a tarefa da coordenação é realizada pelo "dono" da empresa.
Sugerimos que o coordenador deste processo de diagnóstico elabore um fluxograma das tarefas, levando em consideração os seguintes tópicos:
No Planejamento determinar os assuntos para serem discutidos, fixando datas, levantar indicadores da empresa e se possível do concorrente, determinando responsabilidades para cada elemento da equipe.
Na execução do diagnóstico a equipe deve realizar debates, levando em consideração os indicadores da empresa (produtividade, reclamações de clientes, entre outros). É nesta fase que a equipe elabora um plano de melhoria com metas fáceis de serem cumpridas e com os recursos necessários.
Quando a equipe verificar todos os elementos disponíveis deve ser realizado um relatório aprovando as ações propostas, recomendações, metas que a equipe sugeriu. A aprovação dos recursos é fundamental para o sucesso do diagnóstico empresarial (os recursos podem ser financeiros ou recursos humanos). O relatório deve ser assinado pelo "dono" da empresa.
Próximo passo a equipe vai verificar a eficácia das propostas sugeridas na fase de execução do diagnóstico. Um ponto a verificar é a melhoria nos indicadores da empresa.
Para completar o ciclo de melhoria continua, o coordenador da tarefa de realizar o diagnóstico, cobrará da equipe as ações necessárias para melhorar os indicadores da empresa, comprovar a utilização dos recursos planejados e se necessário reunir a equipe novamente para rever o plano inicial.
A velocidade de giro do ciclo de melhoria contínua utilizada neste processo depende do tamanho e necessidade da empresa. O autor deste texto sugere que se elabore um calendário anual para realização do diagnóstico gerencial.
Empresas com Sistema de Garantia da Qualidade, podem incluir a realização do diagnóstico como um procedimento de planejamento da qualidade.

Leia outros artigos sobre Qualidade no site do Especialista: http://www.milenio.com.br/qualidadereal
Fone/Fax.: (41) 336-0921
Paulo Sertek . ÉTICA E EDUCAÇÃO   

engenharia_civil  Rotina, Automatismo e Cópia

Engº Paulo Sertek
Engenheiro Mecânico, Licenciado em Mecânica e Especialista em Gestão de Tecnologia e Desenvolvimento
Professor de Cursos de Pós-Graduação em Ética nas Organizações e Liderança
Pesquisador em Gestão de Mudanças e Comportamento Ético nas Organizações
Assessor empresarial para desenvolvimento organizacional
Portal educativo

Os projetos rotineiros produzem o efeito de endurecimento da inteligência. Ser criativo resulta do aprendizado da arte do saber produtivo. Saber produtivo é projetar. Sem projetos de inovação, permanecemos numa condição de esclerose ou de fixação funcional. Aplica-se a mesma idéia às medianias. Ideal das médias. Mediocridade!

Projeto é a possibilidade escolhida dirigida para a execução. Há uma intencionalidade efetiva e operativa num projeto no sentido real da palavra "pro-jecto" "lançar" como se lança uma flecha ao alvo.

Sabe-se que decorre do desejo, por exemplo de atingir o cume de uma montanha, a coordenação das operações intelectivas, volitivas e afetivas que transformam tudo em busca desta realização. A atitude vital de procura visualiza aquilo que eram só pedras e dificuldades em caminhos e meios de acesso. Veja que o caminho não existe, ele é descoberto pela inteligência criadora. Transforma a meta em idéia poderosa., Luminosa. Visão! Esta visão leva a "inventio" inventar é encontrar, "eureka" é um feliz encontro. Este encontro só se dá com a pessoa que sabe esperar ativamente como o caçador que conhece os hábitos da sua presa e a espera.

Os projetos transfiguram as próprias operações mentais. Elas enriquecem-se, ampliam as possibilidades de uma realidade percebida. Desenvolve-se então uma percepção inteligente, um olhar inteligente, uma memória inteligente.... uma inteligência criadora.

Uma inteligência criadora é capaz de muitos possíveis e por isso é capaz de desenvolver realidades diferentes e surpreendentes. É capaz de conduzir projetos. De acordo com Marina "o sujeito inteligente dirige sua conduta mediante projetos e isto lhe permite desenvolver-se e lançar-se em uma liberdade criadora" . Vale a comparação: podemos escolher a via escura ou a via iluminada. Somos livres. Experimentamos na via iluminada maior liberdade de movimentos simplesmente porque enxergamos melhor. Ser criativo corresponde ir pelo caminho de desenvolvimento de muitos possíveis. Ver onde outros não vêem. Na criatividade há uma expansão da própria liberdade!

Criar supõem submeter as operações mentais a um projeto criador. Sem projetos ou desejos de projetos, sem as provocações construtivas e estímulos para sair da "zona previsível de atuação" permanecemos numa zona de conforto e acomodamento. Esclerose por antecipação!

A capacidade de auto-estimulação para empreender novos projetos, leva a pessoa sair da sua zona de desenvolvimento previsível, para a da inovação.

Uma primeira etapa; é a questão chave! Ter o projeto de ter projetos. Experimente uma nova sensação; faça projetos... Sob o influxo dos projetos, deste desejo vital, a inteligência desdobra-se mais além do "estatisticamente possível ou provável"!

Criatividade é a arte de projetar. Fruto de uma ação intencional (voluntária, auto determinada, forte e vigorosa). Toda ação de intencionalidade criadora exige: projeto, execução e avaliação. Quem é criativo deixa-se possuir pelos projetos de valor: deixa-se conduzir, arrastar, encantar, convencer,... Quem é criador sabe que é preciso cultivar-se. Tornar-se treinador de si próprio.

A primeira componente da criatividade é a capacidade de elencar projetos, priorizá-los e sair da fase dos sonhos e partir para o "pro-jecto" lançar a flecha ao alvo! Fica claro que no início exige-se o projeto de fazer projetos. O projeto só se define com a meta com o objetivo. Onde é que se pretende chegar?. Há uma visualização, um ver de longe. Nasce desta visualização se é suficientemente inspiradora e atrativa as forças que ativam as forças mentais, que motivam e dirigem a ação.

Há possibilidades efetivas para estimular o crescimento do processo criativo. Para isto é preciso conhecer os mapas da "topografia criativa" e escolher os caminhos mais eficazes. Alguns ingredientes: os temas ou âmbitos, o padrão de busca empregado, os tipos motivacionais desenvolvidos, os sentimentos otimizados e a absoluta necessidade de gestão das restrições.

Conhecer os mapas, motivar-se e empreender. Tarefa fácil? Não! Acessível? Sim! É acessível a todos. Especialmente aos de talento médio! Talvez estes; se forem constantes, cheguem mais longe que o gênio em alguns rompantes de criatividade.

Tudo dependerá do desenvolvimento dos hábitos criadores.

Chama atenção a observação de Aristóteles na sua "Ética a Nicomaco": "Somos em certo modo concausa de nossos hábitos e por ser como somos nos propomos um fim determinado. Se cada um é em certo modo causante do seu próprio caráter, também será em certo modo do seu parecer". Somos em certa medida aquilo que acabamos escolhendo e cultivando. O hábito criativo está em nós e ele nos alimenta. Mas assim como há pessoas que têm muitíssimo mau gosto e muitos gostam do que estes fazem, isto só se pode atribuir à falta de cultivo dos gostos.

A observação inteligente, o juízo inteligente, o desafio construtivo, o desejo de algo novo e bom, favorece o desenvolvimento de um modelo mental produtivo e criador que propiciará as condições de "massa critica" para utilizar todas as operações mentais combinatórias, extrapoladoras, de inferência, imitativas, etc.. que sejamos capazes.

Leia outros textos sobre Ética e Educação no site do Professor
tel. (41) 252.9500
CETEC -Consultoria

Vilmar Berna . MEIO AMBIENTE   
engenharia_civil  Será tarde demais?

Jornalista Vilmar Berna
Ambientalista de renome internacional e único brasileiro homenageado pela ONU
com o Prêmio Global 500 Para o Meio Ambiente, no ano de 1999.
Fundador do Jornal do Meio Ambiente.
http://www.jornaldomeioambiente.com.br

Se você é dessas pessoas, como eu, que detesta reclamações, então pare de ler agora mesmo este artigo, pois meu intuito aqui é reclamar. Sei muito bem que em tudo existem vários lados, que não há nada bom nem mau completamente, por isso procuro viver positivamente, buscando sempre nas situações e nas pessoas o que há de bom e bonito.
Não se trata de rejeitar todo o mau e só pretender o bem, por que acredito sinceramente que carregamos dentro de nós igualmente a capacidade de escolher o bem ou o mal e o ideal é que cheguemos a um nível de equilíbrio entre o mau e o bem a ponto de nos tornarmos cada vez mais pessoas melhores, felizes, amorosas sem que isso signifique passar por cima dos outros, maltratar nossos semelhantes ou mesmo os que não são semelhantes, mas que, como nós, são passageiros neste frágil e diminuto planetinha que mais parece uma poeira cósmica perdida no espaço sideral.
Somos, acredito, o resultado de nossas escolhas. E não escolher é o pior tipo de escolha que podemos fazer, pois estaremos permitindo que outras pessoas escolham por nós. Pode até ser mais confortável, não ter que decidir coisa algum e seguir o bando, como 'marias vai com as outras'. Mas, por mais ridículo que possa parecer esta idéia, é exatamente isso que estamos fazendo quando aceitamos sem questionar situações que são um atentado contra a nossa natureza humana, e que nos faz cada vez mais infelizes, impacientes uns com os outros, irritados.
Então vou reclamar mais um pouco. Como deixamos que as coisas chegassem a esse ponto? Como iremos sair disso? Está cada vez mais impossível ir a qualquer lugar hoje sem ter de enfrentar engarrafamentos, agravado por um transporte público que nos obriga a andar espremidos como sardinhas em lata, ou falta de lugar para estacionar, ou flanelinhas, ou o calor insuportável das ilhas de calor em que se transformaram nossas cidades.
A programação da TV aberta é um verdadeiro atentado contra a dignidade humana, onde quase que o tempo todo é mostrado o lado feio, mau, violento, da nossa natureza, onde o egoísmo, a falta de solidariedade, a esperteza, a ambição e o pior de nós é elevado como valor a ser perseguido, onde o dinheiro parece ter transformado tudo em mercadoria e, dependendo de quanto você tem no bolso, pode comprar tudo: amor, felicidade, Deus.
A programação das rádios ou é dominada pelas igrejas que utilizam um espaço que deveria ser de todos para falar para um segmento da sociedade, ou pelas gravadoras que tentam nos convencer que a criatividade acabou e que só existem uns poucos artistas e umas poucas 'músicas de trabalho' que temos de escutar repetidamente.
A falta de segurança tem feito mais mal a todos nós que o roubo de uma carteira ou carro. Nos roubou a confiança no outro. Nas grandes cidades as pessoas passam umas pelas outras sem um sorriso, como se cada um que se aproximasse fosse uma espécie de bandido em potencial, e nem adianta ser uma mulher bonita, por exemplo, ou um senhor bem vestido, pois os estelionatários são pessoas exatamente assim, muito simpáticos e envolventes. Ou seja, cada vez mais, as pessoas não são dignas de confiança, até que provem o contrário.
Os shows musicais parecem feitos para surdos. Invariavelmente o som é tão alto que mal conseguimos ouvir a voz dos artistas. Pode ser uma estratégia para que as pessoas não consigam se ouvir uma as outras, a fim de se suportarem melhor.
No cinema parece que só os EUA produzem filmes no mundo, e sequer conseguem ser muito criativos, pois de uma forma ou de outras as histórias são sempre uma variação qualquer de heróis individuais lutando contra o sistema, onde sempre se dá um jeitinho de tremular uma bandeira americana em algum ponto.
Como ambientalista costumo dizer que detesto ter razão, pois quando chegam a me dar razão, geralmente é por que é tarde demais.

* Autor de Possível Ser Feliz , Parábola da Felicidade, O Desafio do Mar entre outros (Editora Paulus).
Vilmar é editor do Jornal do Meio Ambiente.

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